quarta-feira, 22 de junho de 2011

Escrever, Rezar, Amar!

Olhei pro meu quarto hoje e pensei "SE MEU QUARTO ESTÁ DESSE JEITO, COMO ANDA A MINHA VIDA?!"
Vida...
Assisti a um filme hoje que me fez pensar muito sobre a vida e todos os acontecimentos em seu decorrer, ele chama-se "Comer, Rezar, Amar". RECOMENDO! (Detalhe, o cara era muito gato. Massa mesmo! RECOMENDO).

Mas enfim, eu o assisti na madrugada, com a casa silenciosa, uma lata de leite condensado ao meu lado, atraindo as formigas para me acompanharem na última sessão da noite.
O que é viver então?
Será ela, comer, rezar e amar? (Pode ser!)
Será ela estudar pra terminar o colegial, depois estudar pra passar no vestibular e novamente estudar?
Trabalhar, conquistar um patrimônio sólido e pronto?
Ou será estudar e conquistar apenas o suficiente para poder comprar um bom livro de histórias e lê-lo a seus filhos e netos?
De uma coisa eu tenho ABSOLUTA certeza: TODOS já pensaram sobre a vida, sobre sua própria vida e os rumos que ela tomou.
Se meu quarto é uma bagunça imagine como é a minha cabeça!
Uma desordem, um turbilhão de pensamentos e sentimentos.
Uma dose de Tequila, um remédio para dor de cabeça, um filme de guerra e uma bala de café. Tudo junto, misturado, sem se misturarem, assim como as roupas jogadas pelo chão.
Certo personagem deste mesmo filme disse a seguinte frase:
"SE VOCÊ NÃO CONSEGUE CONTROLAR A SUA MENTE, COMO PRETENDE CONTROLAR A SUA VIDA?"
E sabe exatamente o que eu estou pensando agora, às quatro da manhã, deitada em minha cama com uma caneta BIC na mão?
Que eu tenho duas provas amanhã, uma quantidade absurda de coisas para ler e estudar e simplesmente não consigo para de pensar, de imaginar e de escrever.
Humberto Gessinger fala em um trecho de seu livro que há um oceano em nossas cabeças, e que as idéias que extrapolam os limites dela são apenas as ondas que quebram na praia.
Há  tempestade em auto mar - pensei eu, e tem chegado ondas demais neste momento! Uma ressaca psicológica.
Então...
Se eu não tenho controle sobre minha mente, isso significa que ela me controla. Se ela me controla, necessariamente, a mesma é que está na boléia da minha vida. E,se minha mente é uma desordem de excesso de imaginação e criatividade inútil, imaginem minha vida!
E eu, definitivamente, preciso arrumar o meu quarto! Colocar um pouco de ordem no caus.
Mas aí vai mais uma pergunta: E se a vida não fizer muito sentido? Não tiver nenhuma explicação ou manual de instrução?
E, se ela tiver, mas eu ainda não o encontrei devido às roupas, sapatos e livros espalhados pelo chão?
Se alguém já encontrou me avise que eu quero uma cópia, ou eu empresto o meu pen drive.
Sabe, minha mente se acalmou agora. Sempre acontece isso quando penso em pen drives. Não que eles me acalmem, pelo contrário, eles costumam fazer estragos em minhas mãos, por isso esqueço tudo quando vejo aquela luz piscando. Uma arma legalizada, um destruidor silencioso de computadores, mas que cabem tantaaas músicas e até tem um lugar pra pendurar um chaveirinho. Um charme.
Mas, voltando ao assunto, foco Gabriela.
Ouço um zumbido agora, um som irritante e involuntário em meus ouvidos, deve ser algum sinal de sobrecarga, ou o motor ligou a "ventuinha". Algo como um eco das palavras que passam por minha cabeça, minha mão, meus olhos e ouvidos, transbordando até repousarem no papel.
Não sei se alguem já notou, mas eu sou uma pessoa muito inquieta.
Não costumo me conformar com o comum, com pouco, com a normalidade. Sonho demais.
Às vezes chego a pensar que vivo duas vidas. Na primeira vida sou eu mesma, mesmo rosto, mesmo nariz grande, mesma cor de esmalte, mesma bagunça no quarto, mesmo coração e mesmo motivos em suas batidas. Na outra vida, sou tudo aquilo que poderia ter sido, sou menino, tenho asas, sou pai e mãe, sou família. Sou páginas de livros que não li, cenas de filmes que não assisti, sou desejos que poderiam terem se realizado. Sou "E se...".
Acho que eu sinto demais. É algo como tomar as dores e alegrias do mundo para mim, para senti-las em meu coração. Eu choro assistindo desenho animado, às vezes de alegria, as vezes por que o Coióte nunca alcança o Papa-Léguas.
Mas se me perguntarem se eu queria "não sentir". NÃO! É bom sentir. Não ser indiferente.
Indiferença é uma palavra cinza você não acha? Apagada. Sem sentimento e opnião, e isto está longe do ser humano que eu quero ser e busco ser a cada dia. Como diria uma linda amiga que eu ganhei de presente dos meus amores MACIÉIS, eu não sou cinza. É bom não ser!
Mas, voltando ao assunto da vida. A vida, o que eu desejo para minha vida?
Será que meu desejo é meu diploma?
Estarei realizada quando o tiver em minhas mãos?
EU NÃO SEI. Essa é uma frase que eu realmente não gosto, por isso uso ela com tanta frequência, assim como muitos seres estranhos e interrogativos como eu.
É uma espécie de Mantra. EUUUUM NAUUM SEI..EUUUMMM!
A única diferença é que por não ser cinza busco as respostas. Ainda não sei. Ainda!
Deveria fazer terapia. É, isso aí!
Conversar com alguém que vibre em outra frequência, que SAIBA já, em tempo real. Ver minha vida, me ver por outros olhos. Pôr a cartas na mesa, pegar as roupas do chão.
SABER!
Contudo, sei algumas coisas. E uma delas é que, definitivamente, meu verbo é AMAR.
Por que eu amo.
Amo coisas e pessoas. Todas tão diferentes que encontro semelhanças; tão singelas (amo essa palavra por sinal!) que são esses pequenos detalhes que mostram o melhor de mim, para mim. Um espelho.
Eu amo escrever e ler. Tenho verdadeira fascinação pela palavra escrita, pelo poder de se criar mundos tendo uma caneta BIC e uma folha em branco nas mãos. A mente voa, livre. Transborda em um Tsunami de descargas eletro-químicas. É pura magia!
Talvez seja essa minha terapia. Talvez seja essa a resposta para todas minhas perguntas.
Amar, simplesmente.
A verdade é que não concluí nada de muito concreto depois de tanto pensar, madrugada a dentro, vida a fora. Contudo, esse relato, essa válvula sempre me ajuda a perceber que o importante da vida não é alcançar todos os seus objetivos, mas estar a caminho. Buscando. Vivendo. Amando!
Esse filme tem um ótimo título. Vou adotá-lo como meu mantra a partir de agora, com apenas uma alteração. Como comer é um ato quase que instintivo decidi substituí-lo por ESCREVER.
ESCREVER, REZAR, AMAR.
Um bom tripé, um bom mantra, uma boa vida, regada a gramática e palavras a conhecer; Com Deus como conselheiro e amor como a base.
Por que eu amo!
Como eu amo...

Gabi*

Um comentário:

  1. Pows gabi...amei texto...assim como adoro vc! Apesar do pouco tempo de cursinho juntos...mulher pra casar heim...mente, perfeita dançarina...e linda!
    Bjão!

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